Moxabustão é uma terapia que trata e previne doenças utilizando principalmente lã de moxa. Baseia-se nos mesmos princípios e conhecimento dos meridianos de energia trabalhados na acupuntura, sendo amplamente utilizada nos sistemas de medicina tradicional da China, Japão, Coreia, Vietnã, Tibete, e Mongólia. A combustão da lã de moxa permite a transmissão de calor para os pontos de acupuntura e outras partes do corpo que possuem várias mudanças patológicas. É uma terapia para o tratamento e/ou prevenção de doenças e para promover a saúde do corpo. É um método externo de prevenção e tratamento de doenças através da ignição da moxa, uma erva tradicional chinesa, para estimular principalmente, os pontos de acupuntura. Os íons da erva com certa temperatura podem ir para dentro do corpo para aquecer os Canais, expelir o Frio, ativar o Sangue (Xue), o Qi , dispersar o Vento e a Umidade, desobstruir o fluxo de energia dos canais para aliviar a dor, melhorar a saúde, drenar os Canais e Colaterais (Jing Luo), manter o equilíbrio entre Yin e Yang, de modo a regularizar o fluxo de energia no corpo. Existem vários métodos de moxabustão. Três deles são: direto com cicatrização, direto sem cicatrização e moxabustão indireta. O primeiro coloca um pequeno cone de moxa sobre a pele, no acuponto, e queima até que a pele forme uma bolha. Posteriormente, ocorre a cicatrização do local. O segundo método remove a moxa ardente da pele antes que ocorra lesão. A moxabustão indireta mantém um charuto de moxa aceso próximo à pele de modo a aquecer o acuponto, ou coloca o charuto sobre uma agulha de acupuntura inserida no acuponto de modo modo a aquecê-la. No Brasil, usamos com mais frequência o método da moxabustão indireta por não oferecer nenhum dano a pele do paciente e promover resultados efetivos.
A ventosaterapia é um tipo de tratamento natural no qual são usadas ventosas para melhorar a circulação sanguínea em um local do corpo. Para isso, as ventosas criam um efeito de vácuo, que suga a pele, resultando em um aumento do diâmetro dos vasos sanguíneo no exato local. Como resultado, existe uma maior oxigenação destes tecidos, permitindo a liberação de toxinas do sangue e do músculo com mais facilidade. A ventosaterapia é também muito usada como forma natural para combater a dor muscular, já que a diferença de pressão causada pelo vácuo desloca a pele do músculo e aumenta a quantidade de sangue, tendo uma ação relaxante. Seus principais benefícios incluem: - Aumento da circulação sanguínea local; eliminação de contraturas musculares e pontos gatilho; - Fortalece os vasos sanguíneos; - Aumentar a produção de líquido sinovial dentro das articulações; - Relaxar e acalmar o corpo e a mente. Os terapeutas mais indicados para o tratamento com ventosas são os formados em Medicina Tradicional Chinesa, o acupunturista e o fisioterapeuta especialista em acupuntura ou que tenha conhecimento desse tipo de técnica. As 3 formas mais comuns de aplicar as ventosas no corpo são com: - Copo de silicone: basta pressionar o copo de silicone com os dedos e depois colocar na pele, devido ao vácuo que se forma em seu interior a pele é sugada e a ventosa fica presa; - Copo de vidro: ascender uma vela e colocar a chama no interior do copo e logo a seguir colocar o copo na pele. O vácuo se forma quando o oxigênio de dentro do copo é consumido pela vela e, por isso, se aplicado rapidamente sobre a pele, irá causar a sucção; - Ventosa eletrônica: basta posicionar as ventosas no local que deseja tratar e depois ligar o aparelho na força do vácuo que se deseja usar. Aos poucos a pele vai sendo sugada e a ventosa fica presa na pele. Pode-se ainda usar as ventosas associadas a outras técnicas como as agulhas de acupuntura por dentro de cada ventosa, plantas medicinais, com sangria ou com água, por exemplo. Essa técnica passou a ser mais conhecida no ocidente após vários atletas e outras personalidades conhecidas da midia como Michael Phelps, os atletas das Oimpiadas de 2016 e das Olimpiadas de Tokyo (2020), Justin Bieber, Neymar, Meghan Markle, declararem que fazem tratamento com essa terapia.
É um ramo da acupuntura, prática milenar da Medicina Chinesa, baseada no conceito de que as orelhas são representações do corpo todo, tendo capacidade de corresponder a todos os órgãos e funções do corpo. Ao se estimular os pontos localizados na orelha, o cérebro recebe impulsos que desencadeiam fenômenos físicos nas áreas afetadas, promovendo o reequilíbrio, além do estímulo do fluxo de Qi pelos Canais da acupuntura. A auriculoterapia francesa e a auriculoterapia chinesa, apesar de consistirem na mesma técnica, são muito diferentes, pois cada país elaborou um mapa diferente da orelha com os pontos específicos a serem estimulados. Antes de se iniciar o tratamento com auriculoterapia é muito importante fazer uma consulta com um terapeuta especializado para identificar os principais sintomas e tentar entender quais os órgãos afetados. Depois disso, o terapeuta selecionar os pontos mais adequados e faz pressão sobre o ponto. A pressão pode ser feita utilizando-se: - Agulhas filiformes: são aplicadas sobre os pontos durante 10 a 30 minutos; - Agulhas intradérmicas: são colocadas debaixo da pele por cerca de 7 dias; - Esferas magnéticas: são coladas na pele por aproximadamente 5 dias; - Sementes de mostarda: podem ser aquecidas ou não, e são coladas na pele durante 5 dias. A estimulação dos pontos específicos da orelha para aliviar dores ou tratar diversos problemas físicos ou psicológicos, como ansiedade, enxaqueca, obesidade ou contraturas, por exemplo. Além disso, a auriculoterapia ajuda a diagnosticar e a prevenir algumas doenças através da observação dos pontos específicos da orelha que se encontram alterados.
Guashá é uma popular técnica terapêutica chinesa, que consiste em estimular a superfície da pele (epiderme) para mobilizar o Qi (Bioenergia), Xue (Energia Sanguínea), para assim, promover a eliminação da energia perversa (Shá) e de toxinas acumuladas em nosso organismo, promovendo e estimulando o reequilíbrio bioenergético, e assim, o estado de saúde. Estes estímulos podem ser realizados com o uso específico de pequenas placas de jade, osso polido ou mesmo com as mãos, e com o uso de óleos ou loções terapêuticas para potencializar os seus resultados. Na China, encontram-se registros que remetem ao período Pré-histórico que segundo tradição oral, atentam o uso de pedras com formato pontiagudo (pedras Bian) para o estímulo de regiões e pontos dolorosos (pontos Ashi da acupuntura). O hábito de estimular por fricção e pressão locais do corpo para aliviar os sintomas dolorosos é, desde o tempo Pré-histórico, uma prática terapêutica muito popular e comum dentro da Medicina Tradicional Chinesa, associada ao Guashá. Segundo a MTC, a ação de friccionar a superfície da pele com a espátula de Guashá, provoca a mobilização da chamada “energia estagnada” ou Qi Perverso localizado na profundidade para a superfície e dos canais de acupuntura locais (meridianos de acupuntura), além de promover a liberação do xue “estagnado” (chamada energia sanguínea). O estímulo provocado pela manobra do Guashá promove a vaso dilatação do local, melhorando o fluxo de sangue e assim, o transporte de oxigênio e nutrientes. Este estímulo promove também, quando adequadamente realizado, a sensação de alívio da tensão da musculatura local, devido ao relaxamento das fibras musculares e no sistema linfático estimulando a eliminação de toxinas e estimulando o sistema imunológico. Quando existe a presença de algum tipo de estagnação energética no local onde é aplicado o Guashá, é comum o aparecimento na epiderme pequenas pigmentações avermelhadas ou arroxeadas, provocadas pela (pequena) vazão de sangue pelos vasos de pequeno calibre, o que provoca um efeito semelhante à da auto-hemoterapia. Estas manchas desaparecem após alguns dias, sem deixarem marcas. Esta "hemorragia interna" é, de acordo com a MTC, sinônimo da estagnação dos fluidos vitais (Xue e Jing) e da energia nos Meridianos (Qi).